Haight Ashbury foi o epicentro da contracultura dos anos 60 que tinha as flores como símbolo, um refúgio para adolescentes rebeldes, andarilhos e amantes do movimento Paz e Amor. Janis Joplin e Grateful Dead não estão mais lá, mas os vestígios das roupas tie-dye, do cheiro de incenso e da geração "faça amor, não faça guerra" ainda estão evidentes nesse bairro boêmio. Estudantes e outros jovens locais, além dos turistas, lotam cafés, danceterias, livrarias, butiques e lojas que vendem roupas étnicas e uma parafernália para fumo.
Para sentir a força das flores e viver um pouco da história do lugar, você ainda encontra discos de vinil de Hendrix e Jefferson Airplane em algumas lojas de música, e relíquias “hippie” nas lojas de souvenires. O bairro hoje é considerado mais nobre do que no auge dos anos 60. Lojas de roupas caras, restaurantes badalados e cafés com acesso à Internet dão o toque eclético.
Nos anos 70, a maioria dos hippies saiu do bairro, e os yuppies se mudaram para lá formando o cenário de casas vitorianas coloridas (“painted ladies”) que atraem turistas do mundo todo. Algumas dessas “painted ladies”, termo usado para as casas vitorianas e eduardianas pintadas com três ou mais cores diferentes (normalmente, rosa, roxo, verde-claro e lilás) para destacar seus ricos detalhes arquitetônicos, remontam meados de 1800. O distrito todo é especial, pois sobreviveu ao terremoto de 1906 que destruiu mais de 80% da cidade.
A melhor forma de curtir e descobrir esse bairro tranquilo, mas cheio de vida, é andar pelas ruas com uma câmera. Vale a pena terminar o dia no histórico Parque Buena Vista, o parque mais antigo da cidade com quase 15 hectares, que fica sobre uma alta montanha com uma vista fantástica da cidade e do mar. É o local perfeito para admirar o por do sol ao lado da Ponte Golden Gate.